sexta-feira, 26 de novembro de 2010

HPV

Há inscrições na Grécia antiga que fazem referência às verrugas comprometendo a área genital, sendo denominadas FICUS. Hoje, o HPV (papilomavirus humano) é a DST (doença sexualmente transmissível) mais comum no mundo. Há vários tipos dos vírus do HPV, mas os mais importantes são os de números 6 e 11 relacionados à formação das verrugas genitais, popularmente conhecidas como “crista de galo”, e os de número 16 e 18  relacionados ao câncer de colo de útero.
O contágio pelo HPV ocorre através de relações sexuais, sendo que na maioria das vezes essa infecção é transitória, devido reação do sistema de defesa natural do organismo (sistema imune) principalmente pelas mulheres mais novas. Assim, a mulher não apresenta qualquer sinal da contaminação. Estima-se que cerca de 80% da população sexualmente ativa entrou em contato com um ou mais tipos do vírus.
Tanto a mulher quanto o homem podem apresentar  verrugas conhecidas  e/ou lesões que não causam qualquer tipo de sintoma na vagina, colo do útero, pênis e ânus, mas podem evoluir para câncer de colo do útero se a mulher não se tratar precocemente, pois alguns tipos de HPV m um papel importante no desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer.
A principal estratégia utilizada para detecção precoce da lesão precursora e diagnóstico precoce do câncer no Brasil é através da realização do exame preventivo do câncer do colo do útero, conhecido como exame de Papanicolaou. O exame pode ser realizado nos postos ou unidades de saúde que tenham profissionais da saúde capacitados para realizá-los. As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto nem impede o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.
O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.

Diversos tipos de tratamento podem ser oferecidos (tópico, com laser, cirúrgico). Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar o tratamento mais adequado.

Dois tipos de vacinas foram criadas com o objetivo de prevenir a infecção por HPV e, dessa forma, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver câncer de colo de útero. Apesar das grandes expectativas e os bons resultados dos estudos, ainda não há evidência suficiente da eficácia da vacina contra o câncer de colo do útero. Uma das vacinas apresenta os tipos mais relacionados ao câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18). A outra é quadrivalente, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, visto que só começou a ser comercializada no mundo há cerca de dois anos. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção. O real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. 
A vacina não é fornecida pelo SUS, assim a mulher que quiser recebê-la terá que procurar uma clínica particular. São três doses (a segunda depois de dois meses da primeira e a terceira 6 meses após a segunda dose) que custam em torno de R$ 500 cada (o valor varia de acordo com a clínica). A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em agosto de 2006 aprovou a vacina para uso em meninas e mulheres entre 9 a 26 anos de idade.


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