
Na gravidez, há uma mudança hormonal e toda uma interpretação sobre tudo o que está acontecendo e irá acontecer por parte do casal que, em conjunto, afeta de forma bastante importante a sexualidade e o desejo. Em alguns casos, ocorre uma importante diminuição da libido, enquanto que em outros, ao contrário, a mulher aumenta a procura sexual pelo parceiro.
A mudança para um pólo ou outro varia de pessoa a pessoa. A ansiedade gerada nesse período pode contribuir para uma redução da libido, assim como o medo errôneo de que o coito possa causar um aborto ou que o pênis possa bater e machucar o feto. Além disso, várias mudanças ocorrem no corpo feminino, como mudanças na genitália e o crescimento da barriga, sendo que algumas mulheres necessitam de um tempo para se acostumarem e se aceitarem. Outro fator que pode atrapalhar são as constantes náuseas no primeiro trimestre de gravidez. Um dos grandes dilemas enfrentados está no fato de definir o papel que a mulher exerce, de mãe ou de esposa. Algumas, talvez influenciadas pela cultura católica de que a mãe é imaculada, sem desejos de cunho sexual, se sintam culpadas de praticar sexo com seu futuro filho dentro de seus ventres. Todas essas dificuldades, porém podem ser trabalhadas em conjunto, entre o casal.
O fator psicológico é o principal e mais complicado inibidor da relação sexual durante a gravidez. Segundo os obstetras, não há necessidade de a atividade ser interrompida, podendo ser feita desde o início até o final da gestação. Há algumas exceções, quando houver algum risco atribuído a alguma alteração na fisiologia e anatomia normal, nas quais o sexo poderá ser contra-indicado, mas isso deve ser orientado pelo obstetra.
Se não for desaconselhado pelo médico, é claro, a relação, além do prazer imediato e do aumento da cumplicidade do casal, pode ser uma extraordinária válvula de escape para tensões, medos, apreensões e ansiedades dessa fase da vida conjugal. Quando o casal for orientado a se abster até o tão esperado parto, vale usar a criatividade para experimentar outras formas de trocar carícias, como o sexo oral ou a masturbação mútua. Fica a dica.
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