domingo, 22 de agosto de 2010

Sexo na gravidez???

Pode ou não pode??? Este é um assunto em torno do qual há muita curiosidade e sobre o qual pode haver muita polêmica! A inspiração para este post, inclusive, partiu do comentário de um curioso visitante anônimo. Desejamos que continuem sempre mandando dúvidas e sugestões! Bom, em primeiro lugar, é preciso tentar entender um pouco de como funciona o processo de desejo e excitação de um dos seres mais complicados do mundo, a mulher.

Na mulher, principalmente, o desejo sexual, além da atração física e do "instinto animal", é muito acoplado e influenciado pelo lado psicológico, de como cada uma se sente, irritada, triste, ansiosa, animada, de como se vê, se acha sensual, gorda, magrela, feminina, feia, bonita, de como enxerga sua relação e seu parceiro, se o acha carinhoso o suficiente, se transmite segurança, se a protege, entre milhares de outros fatores que levariam horas para serem citados.

Na gravidez, há uma mudança hormonal e toda uma interpretação sobre tudo o que está acontecendo e irá acontecer por parte do casal que, em conjunto, afeta de forma bastante importante a sexualidade e o desejo. Em alguns casos, ocorre uma importante diminuição da libido, enquanto que em outros, ao contrário, a mulher aumenta a procura sexual pelo parceiro.

A mudança para um pólo ou outro varia de pessoa a pessoa. A ansiedade gerada nesse período pode contribuir para uma redução da libido, assim como o medo errôneo de que o coito possa causar um aborto ou que o pênis possa bater e machucar o feto. Além disso, várias mudanças ocorrem no corpo feminino, como mudanças na genitália e o crescimento da barriga, sendo que algumas mulheres necessitam de um tempo para se acostumarem e se aceitarem. Outro fator que pode atrapalhar são as constantes náuseas no primeiro trimestre de gravidez. Um dos grandes dilemas enfrentados está no fato de definir o papel que a mulher exerce, de mãe ou de esposa. Algumas, talvez influenciadas pela cultura católica de que a mãe é imaculada, sem desejos de cunho sexual, se sintam culpadas de praticar sexo com seu futuro filho dentro de seus ventres. Todas essas dificuldades, porém podem ser trabalhadas em conjunto, entre o casal.

O fator psicológico é o principal e mais complicado inibidor da relação sexual durante a gravidez. Segundo os obstetras, não há necessidade de a atividade ser interrompida, podendo ser feita desde o início até o final da gestação. Há algumas exceções, quando houver algum risco atribuído a alguma alteração na fisiologia e anatomia normal, nas quais o sexo poderá ser contra-indicado, mas isso deve ser orientado pelo obstetra.

Se não for desaconselhado pelo médico, é claro, a relação, além do prazer imediato e do aumento da cumplicidade do casal, pode ser uma extraordinária válvula de escape para tensões, medos, apreensões e ansiedades dessa fase da vida conjugal. Quando o casal for orientado a se abster até o tão esperado parto, vale usar a criatividade para experimentar outras formas de trocar carícias, como o sexo oral ou a masturbação mútua. Fica a dica.

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