sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Câncer de Mama

Segundo estatísticas do Instituto do Câncer (INCA) para o ano de 2010, o câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais ocorre nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de pele não-melanoma. No Brasil, a mortalidade devido ao tumor de mama ainda é alta, e a grande razão para isto é que na maior parte das vezes, o diagnóstico da doença ocorre quando ela já está em estágios avançados.

A doença tem uma baixa incidência antes dos 35 anos, mas acima desta idade passam a aumentar as chances de aparecimento. E engana-se quem pensa que esta é uma doença que só ocorre em mulheres: 1% de todos os casos de câncer de mama ocorre com homens.

Há muitos fatores envolvidos com um maior risco de a mulher desenvolver esta doença. Alguns deles são

Idade: após os 40 anos e sobretudo após os 50, o risco se eleva;
Casos na família: mãe, avó, irmã e/ou tia que tiveram a doença conferem um risco maior;
Mulheres que nunca tiveram um filho ou o fizeram após os 30 anos;
Mulheres que tiveram a primeira menstruação muito cedo;
Mulheres que tiveram a menopausa tardia;

Na maioria das vezes, a própria mulher detecta um "nódulo" na mama, seja durante o banho ou até mesmo após uma pancada nos seios, em que a mulher passa a massagear os seios doloridos e acaba descobrindo acidentalmente um nódulo que já estava lá. O parceiro, ao acariciar as mamas da mulher, também pode acabar detectando alguma irregularidade. De qualquer forma, o auto-exame das mamas, que deve ser feito regularmente, é uma boa ferramenta de que a mulher dispõe para avaliar a saúde de suas mamas (mas é importante ressaltar: apenas o auto-exame não é eficaz e nem é recomendado como único método de detecção de nódulos ou alterações nas mamas).

O sintoma mais comum relacionado ao câncer de mama é o aparecimento de um "nódulo", "caroço" ou "endurecimento" na mama, que não desaparece com o tempo e que não se altera quando pressionado. Antes de prosseguirmos, é muito importante mencionar que nódulos na mama NÃO SIGNIFICAM que a mulher tem câncer, porque existem nódulos benignos (que não são câncer) e nódulos malignos, então nada de desespero. Só o médico poderá dizer se o nódulo é suspeito ou não.

Outros sinais podem ser avaliados, como uma "retração" na mama, algumas "covinhas" ou "buraquinhos" na pele, se por acaso sai sangue ou algum líquido pelo mamilo ou se a pele da mama está ulcerada.

A mamografia tem como vantagem poder detectar alterações pequenas, que não seriam sentidas nem por examinadores treinados. Mulheres a partir dos 40 anos que não tenham sintomas devem realizar uma mamografia anual, como controle. Aquelas que apresentem algum nódulo na mama devem fazer uma mamografia bilateral (das duas mamas) o mais breve que puder. Na realidade, a mamografia não nos diz se um tumor é benigno ou maligno; o exame diagnóstico de certeza é a biópsia.

Em mulheres mais jovens, como as mamas são mais densas, às vezes a detecção de um nódulo pela mamografia não é tão fácil. Por esta razão, o ultrassom é o exame mais indicado.

Abaixo seguem algumas orientações sobre a realização do auto-exame das mamas:

1) Deite-se e ponha um travesseiro embaixo de seu ombro direito. Coloque seu braço direito atrás da cabeça;
2) Use a ponta dos três dedos (indicador, médio e anelar) da sua mão esquerda para sentir nódulos ou endurecimentos na mama direita;
3) Pressione bastante para um contato melhor com a mama, observando a forma, a densidade e possíveis abaulamentos (elevações na pele);
4) Faça um movimento em torno da mama num mesmo sentido. Siga a mesma rota a cada vez. Tenha a certeza de ter examinado a mama inteira.
5) Agora faça o exame da sua mama esquerda, usando as pontas dos seus dedos indicador, médio e anelar da mão direita, repetindo o que você fez com a mão esquerda no exame anterior.

Seria interessante colocar-se em frente a um espelho, justamente após fazer o auto-exame a cada mês. O auto-exame também pode ser feito durante o banho. As mãos ensaboadas deslizam na pele molhada, o que facilita o reconhecimento de alguma alteração. Caso algum nódulo ou outro sinal seja encontrado, procure um médico (na Unidade Básica de Saúde ou através de seu convênio). Só assim existirão casos diagnosticados a tempo, o que pode ajudar a evitar muitas mortes.


Fontes: Sociedade Brasileira de Cancerologia e Instituto Nacional do Câncer.

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